Sem dúvida, o Coliseu é um dos monumentos mais fantásticos de Roma, tanto que foi listado entre uma das sete novas maravilhas do mundo.
Construído em 72-80 d.C, foi inaugurado por Tito que declarou cem dias de jogos comemorativos, onde houve o massacre de muitos animais selvagens e de seres humanos.
Não se pode ignorar que o Coliseu foi edificado ao redor de uma arena central, onde espetáculos sangrentos atingiam seu apogeu. O mais interessante é que cenas horripilantes entretinham e divertiam o povo, como se pode observar no filme "O Gladiador".
Os gladiadores eram como tidos como heróis. Alguns eram aristocratas ou homens livres que perderam suas fortunas e decidiram se tornar gloriosos. A maior parte, no entanto, era formada por criminosos condenados e prisioneiros de guerra que eram entregues à morte em combates com outros homens ou com animais selvagens... Quanto mais atroz era a violência empregada, maior a emoção despertada...
Também não se pode esquecer de que muitos cristãos foram "assassinados" nestes "circus", como podemos ler nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, onde o Espírito Emmanuel relata as histórias do surgimento e da implantação do Cristianismo.
Também não se pode esquecer de que muitos cristãos foram "assassinados" nestes "circus", como podemos ler nas obras psicografadas por Francisco Cândido Xavier, onde o Espírito Emmanuel relata as histórias do surgimento e da implantação do Cristianismo.
Bom que o Coliseu, palco de espetáculos sanguinários, tenha se transformado hoje em um local onde as pessoas apenas buscam um pouquinho da história dessa civilização que deixou tantas marcas... Embora ainda se possa imaginar homens e animais sendo entregues à morte, prefiro imaginar que esse anfiteatro, um dia, poderá ser o cenário de novas e humanas histórias...
De qualquer forma, visitar o Coliseu é voltar no tempo, onde talvez tenhamos sido gladiadores, imperadores, leões, donzelas sofrendo pelo amado...
"Fórum Romano" (por Fernanda Cury)
Talvez um dos meus lugares preferidos em Roma seja mesmo o Fórum Romano, onde passeamos, à vontade (sem nenhuma frescura), por um museu a céu aberto... Mas se aceita um conselho, permita-se vê-lo de vários ângulos. Não apenas por dentro, mas também em um passeio descompromissado pela Via Dei Fori Imperiali... Também faça caminhos diferentes, vindo do Palatino ou do Capitolino.
Assim, terá a oportunidade de ver também o Fórum, a Coluna e o Mercado de Trajano, o Arco de Constantino, a Casa dos Cavaleiros de Rodes, o Fórum de Augusto, de Nerva e de Júlio César, curtindo uma paisagem histórica inesquecível, que conta parte da história do Império Romano.
Depois, delicie-se com construções históricas como o Arco de Sétimo Severo, erguido em celebração às vitórias do imperador no Oriente Médio, o Templo de Vesta e a Casa das Virgens Vestais, onde sacerdotisas cuidavam da chama sagrada, desfrutando de privilégios, a Cúria, que era o Senado do século III depois de Cristo. Também se entretenha com o Templo de Castor e Pólux, o Arco de Tito, a Basílica de Maxêncio e Constantino, o Templo de Vespasiano, o de Saturno e o de Antonino e Faustina. E não se esqueça de fazer a "via Sacra", onde heróis republicanos participavam de procissões triunfais.
Depois de sujar os pés de uma poeira branca, deixe-se ficar sob a sombra de uma árvore, tomando uma água fresquinha, e imaginando-se na Roma de muitos séculos atrás...
Vaticano 40º... Calor de derreter... O suor descendo pelas pernas... Para "aliviar", ainda somos obrigadas a cobrir o "pecaminoso" colo... Questiono-me se minhas roupas são mesmo desrespeitosas ou se é mesmo a Igreja Católica que, para se manter, tem que nos transformar em pecadores implorando pelo perdão divino...
A verdade é que, desde os tempos da "santa" inquisição, pergunto-me quem são os fiéis e os infiéis, os cristãos e pagãos... Mas essa é outra história...
Já conhecia a Basílica, da minha primeira viagem, e não posso dizer que não a acho imponente, grandiosa... Mas esse exagero de arquitetura e riqueza, ao mesmo tempo que me encante, incomoda-me... Talvez porque sou uma pessoa avessa ao poder... Seja ele religioso, político ou econômico... E a Basílica representa todos esses poderes, concomitantemente.
Como todos aqueles que escrevem sobre a Basílica provavelmente irão tecer-lhe enormes elogios, ficarei com as críticas, tendo plena consciência de que não ofendo a Deus, meu pai, nem Cristo, meu irmão, porque acredito que eles são onipresentes e nem precisam de "morada", já que habitam dentro de nós.
Assim, ouso afirmar que é desumano que as pessoas sejam obrigadas a se cobrir em um calor de 40º, correndo risco de desidratação. Conseguir chegar à cúpula da igreja é sem dúvida alguma pagar todos os pecados.
Primeiro porque a escadaria é interminável. Depois porque vai estreitando, estreitando, estreitando, até que caiba apenas uma única pessoa. Imaginem que o lugar não tem praticamente ventilação e naquele cubículo forma-se uma fila de centenas de pessoas... Ao final, com o claro e a falta de ventilação, o cheiro é praticamente insuportável... No final do percurso, subimos uma escadinha em caracol e nos seguramos em uma cordinha...
Sinceramente? Não aconselho a ninguém que tenha mais idade, problemas de coração, de respiração, ou ainda que tenha claustrofobia...
De qualquer forma, se quiserem enfrentar o sofrimento, respirem fundo e subam, subam, subam... Ao final, se Deus quiser, como presente, uma vista aérea do Vaticano e de Roma...
"Capela Sistina" (por Fernanda Cury)
Quem vai a Roma, não pode perder a viagem... Fazer uma visita ao Museu do Vaticano é essencial para se compreender o poder da igreja católica até hoje e para conhecer o trabalho de grandes gênios da pintura, como Michelângelo, Perugino, Boticelli, dentre outros.
Impossível não ficar boquiaberto, vendo cada uma das obras (Adão e Eva, A Criação, O Sacrifício, o Dilúvio e a Embriaguez de Noé, o Juízo Final, Sibilas e Profetas, Cenas da Salvação do Velho Testamento e Antepassados de Cristo, Cenas da Vida de Cristo, Dando as Chaves a São Pedro, Cenas da Vida de Moisés e O Castigo dos Rebeldes).
Os afrescos não são mera decoração, mas as pinturas contam a história cristã, construindo fortes argumentos teleológicos e ligando o Velho e o Novo Testamento, através da passagem em que Cristo passa as chaves da Igreja a São Pedro, que representa justamente seus sucessores: os papas.
Não é difícil imaginar que a arte da capela foi encomendada por um dos papas (Sisto IV), com vistas a demonstrar a autoridade papal, em uma época em que ela se mostrava enfraquecida.
Se o trabalho fortaleceu ou não a Igreja Católica (e os papas), isso é outra história, mas a humanidade, sem dúvida nenhuma, recebeu um presente divino, que pode ser visto entre cotoveladas e pedidos "gritados" de silêncio, num lugar sagrado.
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